Primeiro, conheça sua sazonalidade. Mapeie a evolução de sua renda ao longo de vários meses e identifique antecipadamente os meses de melhor e pior desempenho histórico para sua renda.Segundo, enxugue grandes gastos, não os pequenos. Sua única certeza é o mínimo de renda que você obtém até mesmo nos meses críticos.
Por isso, adote um padrão de vida cujos gastos estruturais – aqueles que você sabe que pagará todos os meses – sejam iguais ou menores do que este mínimo. Os compromissos parcelados de sua vida, somados, não podem superar este nível. Em geral, isso exige que muitos dos que contam com renda variável reduzam o padrão de vida que têm hoje. A família deve aceitar desfrutar de uma casa menor, um carro menor, uma moda mais econômica e hábitos de vida mais simples.
Terceira dica, garanta o bem-estar, na média. A renda média ao longo de doze meses será sua referência para escolhas que envolvam poupança para o futuro e gastos com lazer, diversão, qualidade de vida e conforto da família. Porém, a família deve ter consciência de que, eventualmente, nos meses em que a renda cai abaixo da média, será necessário abrir mão desses itens do orçamento. A compensação – que deve ser feita – virá nos meses seguintes, quando a renda voltar a superar a média.
Finalmente, se sobrar, premie-se. Faça planos para períodos de vacas gordas. Nos picos de renda, após compensar eventuais atrasos na poupança e no bem-estar dos meses anteriores, adote o hábito de presentear-se e de presentear a família, cometendo pequenos pecados de consumo. O importante é compensar, sempre pagando à vista, sem contar com o mesmo ganho no mês seguinte. Só assim você se sentirá recompensado pela decisão de adotar um padrão de vida mais simples para manter suas contas em dia.
Texto, autoria: Gustavo Cerbasi
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