O que é melhor: comprar um apartamento ou alugar? Quem deve morar em um imóvel alugado? Se for comprar, como escolher uma casa do ponto de vista financeiro?
A compra de um imóvel financiado pode sair por quase quatro vezes o valor original da casa e demorar quase o triplo do tempo. Um imóvel de R$ 500 mil financiado em 30 anos (360 meses) pode custar até R$ 1,85 milhão, ou 3,7 vezes o valor real, diz o professor e educador financeiro Mauro Calil.
A compra de um imóvel financiado pode sair por quase quatro vezes o valor original da casa e demorar quase o triplo do tempo. Um imóvel de R$ 500 mil financiado em 30 anos (360 meses) pode custar até R$ 1,85 milhão, ou 3,7 vezes o valor real, diz o professor e educador financeiro Mauro Calil.
Ele propõe que, em vez de financiar, a pessoa pegue o dinheiro da prestação e, com ele, pague um aluguel menor e aplique o restante. No exemplo da casa de R$ 500 mil financiada em 30 anos, a prestação do financiamento sairia por R$ 5.143,06 (usando a tabela Price com 1% de juros ao mês).
Calil diz que, usando os mesmos R$ 5.143,06, seria possível morar de aluguel numa casa de mesmo porte e ainda guardar quase metade do dinheiro para aplicar. O aluguel de um imóvel de R$ 500 mil está em torno de R$ 2.500.
Sobrariam R$ 2.463,06 para investir por mês. Considerando que esse investimento conseguisse uma taxa de 0,55% ao mês (liquido, com Tesouro Direto, por exemplo), seria possível juntar R$ 500 mil em 131 meses (quase um terço dos 360 meses do financiamento).
Calil diz que, usando os mesmos R$ 5.143,06, seria possível morar de aluguel numa casa de mesmo porte e ainda guardar quase metade do dinheiro para aplicar. O aluguel de um imóvel de R$ 500 mil está em torno de R$ 2.500.
Sobrariam R$ 2.463,06 para investir por mês. Considerando que esse investimento conseguisse uma taxa de 0,55% ao mês (liquido, com Tesouro Direto, por exemplo), seria possível juntar R$ 500 mil em 131 meses (quase um terço dos 360 meses do financiamento).
A lógica é a seguinte: se você pode pagar por 30 anos uma parcela de R$ 5.143,06, então use o mesmo valor para o aluguel e a outra parte em investimento. Você terá seu sonho de consumo em menos tempo e por um preço melhor", afirma Calil.
Os cálculos dele levam em conta valores atuais, sem incluir a inflação e valorização ou desvalorização do imóvel. A rentabilidade do investimento é considerada líquida e livre de impostos, taxas e inflação.
Os cálculos dele levam em conta valores atuais, sem incluir a inflação e valorização ou desvalorização do imóvel. A rentabilidade do investimento é considerada líquida e livre de impostos, taxas e inflação.
Dicas
Definir entre comprar ou alugar é uma dúvida comum para todo mundo que pensa em dinheiro. E as respostas são relativamente fáceis. Vamos a elas:
1) Comprar ou alugar? Os consultores financeiros indicam uma conta simples. O aluguel, em geral, custa 0,5% do valor da casa. Portanto, se você encontrar um investimento que pague mais do que isso, fique com o aluguel e invista seu dinheiro.
E isso é relativamente fácil.
A conta é a seguinte: com os juros básicos na casa de 10,25% ao ano, há fundos ou títulos públicos que chegam a render 1% ao mês ou algo perto disso – mas é preciso obedecer ao vencimento do papel.
2) Quem deve alugar? Além de fazer contas e dar uma olhada nos investimentos para ter uma idéia de quanto você iria ganhar se investisse, é preciso ser racional.
Alugar é melhor, se você: está pensando em fazer carreira internacional ou simplesmente quer mudar de cidade; quer casar mas não tem ideia de quantos filhos terá; se você não tem certeza de que o bairro escolhido é o melhor e, acima de tudo, se comprando você vai ficar completamente sem reserva.
“Quem acha que a vida vai mudar logo não deve comprar uma casa. É melhor alugar”, diz o planejador pessoal Valter Police Junior.
O problema de ter um imóvel, diz Junior, é que o comprador fica sem flexibilidade e, normalmente, descapitalizado.
Porém, se a pessoa sabe o que quer e em quanto tempo mais ou menos aquela situação deve mudar, o aluguel deve ser provisório. “São pessoas para quem a carreira e a vida pessoal já estão mais claras”, afirma o educador financeiro Reinaldo Domingos.
3) Como comprar direito? Pergunta difícil. Primeiro, é preciso observar o quanto da renda da família aquele imóvel vai custar.
Segundo Valter Police Junior, bancos e financeiras exigem que o gasto com imóvel com financiamento não comprometa mais do que 30% do orçamento familiar.
“Mas este valor é alto. O ideal é que esse total fique em no máximo 15%, porque uma família tem outras contas para pagar”, diz o planejador financeiro.
Há que se pensar também que, assim como um imóvel pode ser valorizado ao longo do tempo, ele também pode ser depreciado.
Como saber? “É difícil dizer o que vai acontecer em cinco ou dez anos”, afirma Reinaldo Zakalski, da BI-Invest.
Seja qual for a decisão, comprar ou alugar, é preciso lutar contra o emocional.
“Muita gente prefere comprar o imóvel por uma questão emocional, não financeira. Mas, veja: se o consumidor não pagar o financiamento poderá perder todo o investimento. O risco é alto”, afirma o educador financeiro Reinaldo Domingos.
FONTE: http://economia.uol.com.br/financas/ultimas-noticias/2010/07/16/comprar-ou-alugar-um-imovel-consultores-mostram-o-que-e-melhor.jhtm
Alugar é melhor, se você: está pensando em fazer carreira internacional ou simplesmente quer mudar de cidade; quer casar mas não tem ideia de quantos filhos terá; se você não tem certeza de que o bairro escolhido é o melhor e, acima de tudo, se comprando você vai ficar completamente sem reserva.
“Quem acha que a vida vai mudar logo não deve comprar uma casa. É melhor alugar”, diz o planejador pessoal Valter Police Junior.
O problema de ter um imóvel, diz Junior, é que o comprador fica sem flexibilidade e, normalmente, descapitalizado.
Porém, se a pessoa sabe o que quer e em quanto tempo mais ou menos aquela situação deve mudar, o aluguel deve ser provisório. “São pessoas para quem a carreira e a vida pessoal já estão mais claras”, afirma o educador financeiro Reinaldo Domingos.
3) Como comprar direito? Pergunta difícil. Primeiro, é preciso observar o quanto da renda da família aquele imóvel vai custar.
Segundo Valter Police Junior, bancos e financeiras exigem que o gasto com imóvel com financiamento não comprometa mais do que 30% do orçamento familiar.
“Mas este valor é alto. O ideal é que esse total fique em no máximo 15%, porque uma família tem outras contas para pagar”, diz o planejador financeiro.
Há que se pensar também que, assim como um imóvel pode ser valorizado ao longo do tempo, ele também pode ser depreciado.
Como saber? “É difícil dizer o que vai acontecer em cinco ou dez anos”, afirma Reinaldo Zakalski, da BI-Invest.
Seja qual for a decisão, comprar ou alugar, é preciso lutar contra o emocional.
“Muita gente prefere comprar o imóvel por uma questão emocional, não financeira. Mas, veja: se o consumidor não pagar o financiamento poderá perder todo o investimento. O risco é alto”, afirma o educador financeiro Reinaldo Domingos.
FONTE: http://economia.uol.com.br/financas/ultimas-noticias/2010/07/16/comprar-ou-alugar-um-imovel-consultores-mostram-o-que-e-melhor.jhtm
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